Os entes queridos de uma pessoa falecida poderão ouvir novamente sua voz por meio de um chatbot. Embora para algumas pessoas isso possa parecer algo como “sinistro”, para outras é considerado uma espécie de bênção. Como a maioria das coisas que enfrentamos, ainda não sabemos qual pode ser o efeito, inclusive na saúde mental de algumas esposas. Mas, como sempre dissemos, não se trata de se opor à mudança tecnológica, e sim de adaptar seu uso com inteligência e considerar suas possíveis consequências.
Através de um chatbot, entes queridos poderão falar com alguém próximo que tenha falecido. (Imagem Ilustrativa Infobae)
Falar com entes queridos que já faleceram pode se tornar uma realidade graças a uma inteligência artificial capaz de “ressuscitá-los” por meio de um chatbot que simula ser um humano virtual e utiliza gravações de suas vozes.
O projeto, chamado Life’s Echo, permite criar chatbots que replicam o áudio de uma pessoa falecida. Para isso, é necessário que essa pessoa tenha participado previamente de uma entrevista com outra inteligência artificial chamada Sarah.
Durante essa entrevista, Sarah coleta informações detalhadas sobre sua vida, como lembranças da infância, o lugar onde cresceu e momentos importantes de sua história.
Com essas informações, Life’s Echo gera um chatbot que imita a voz e as respostas da pessoa, permitindo que seus entes queridos interajam com ele após seu falecimento. Esse avanço busca oferecer uma forma de manter viva a memória de quem já partiu e proporcionar um espaço de conexão emocional para seus familiares.
Como funcionam esses chatbots de pessoas falecidas:
Os chatbots de pessoas falecidas funcionam por meio de inteligência artificial que recria conversas baseadas nas memórias e na personalidade do falecido.
O processo começa com uma entrevista prévia realizada por uma IA chamada Sarah, que coleta informações detalhadas sobre a vida da pessoa, como anedotas da infância, lugares onde viveu, eventos significativos e detalhes pessoais.
Essas respostas, junto com gravações de voz, são processadas para criar um modelo personalizado que imita tanto a maneira de falar quanto o conteúdo de suas respostas.
Por exemplo, se uma pessoa chamada Marta decidir participar do projeto Life’s Echo, ela passaria por uma entrevista na qual compartilharia lembranças como seu amor por cozinhar com sua avó, as férias na praia e como gostava de ler romances de mistério.
As respostas em áudio devem ser gravadas antes do falecimento da pessoa; a IA não recria sua voz do zero.
Después de su fallecimiento, sus familiares podrían usar el chatbot para interactuar con “Marta”. Al preguntar algo como “¿Cuál era tu receta favorita?”, el chatbot respondería con su voz recreada, diciendo algo como: “Me encantaba preparar las galletas de mantequilla que hacía con la abuela. Te pasaría la receta si pudiera”.
En cuanto a la seguridad, en la página web del proyecto se señala que “Life’s Echo AI utiliza cifrado para proteger todos los datos. Solo los usuarios autorizados pueden acceder a los recuerdos y compartirlos”.
Quais outros projetos semelhantes existem:
A inteligência artificial permitiu o desenvolvimento de diversas aplicações que possibilitam às pessoas interagir com representações digitais de seus entes queridos falecidos. Existem ferramentas como:
- HereAfter AI
Este aplicativo cria uma versão virtual da pessoa falecida por meio de arquivos digitais e entrevistas gravadas em vida. Ele permite que os usuários mantenham conversas em tempo real, ouvindo respostas com a voz do ente querido.
Graças à tecnologia, a IA pode se tornar uma aliada para enfrentar o luto.
- Re;memory
Desenvolvida pela DeepBrain AI, esta plataforma coleta memórias digitais, como vídeos e fotografias, do falecido. Através de uma entrevista detalhada, é criado um modelo que permite aos usuários reviver momentos com a pessoa.
- Eterni.me
Apoiada pelo MIT, esta iniciativa analisa dados de redes sociais e atividades online para gerar um avatar inteligente que imita a voz e a personalidade do falecido. Esse avatar se torna um legado digital interativo para familiares e amigos.
- You, Only Virtual
Esta empresa desenvolve chatbots baseados em IA que permitem às pessoas conversar com versões virtuais de seus entes queridos falecidos. Ela utiliza mensagens de texto, e-mails e chamadas telefônicas compartilhadas para criar respostas que imitam a voz e o comportamento do ente querido.
- StoryFile
Esta plataforma oferece a possibilidade de criar vídeos conversacionais com a ajuda da inteligência artificial, permitindo que os usuários interajam com representações digitais de pessoas falecidas. Ela utiliza entrevistas em vídeo realizadas durante a vida da pessoa para gerar respostas às perguntas formuladas pelos usuários. Esses projetos representam avanços na interseção entre tecnologia e luto, oferecendo novas formas de manter conexões emocionais com aqueles que já não estão fisicamente presentes.
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